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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 20-11-2018 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Casa em ordem, com descontos

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Descontos agressivos, programação estendida e confiança na relação com o cliente. Essas são algumas das estratégias com as quais comerciantes de Belo Horizonte têm planejado suas ações para contornar eventuais receios do consumidor com o megaevento de promoções Black Friday ou sua variação Black Week, na versão ampliada para toda a semana. Até sexta-feira e, principalmente, no dia 23, as lojas da capital terão compradores de olho em bons negócios para o fim de ano.

Segundo pesquisa da de Belo Horizonte (-BH), quase metade dos consumidores entrevistados (48,3%) estão aguardando a famosa queda nos preços da última sexta-feira de novembro para ir em busca dos produtos desejados. A maioria (60,5%) espera reduções de 41% a 60% nos valores. Dessa forma, as empresas pretendem dar descontos significativos para garantir que os clientes mantenham a confiança na relação com a loja.

O varejo de produtos de decoração e para a casa é um dos segmentos do comércio de BH que prometem dezenas de ofertas e cortes nos preços. Durante a comemoração de seus 70 anos, a Othon de Carvalho Material Elétrico prepara programação com grandes descontos. Segundo Rodrigo de Carvalho, gerente de marketing da empresa, a Black Friday é uma oportunidade para reafirmar a relação de confiança com os clientes.

"Um dos valores que preservamos é a veracidade. O preço vai ser diferenciado, com descontos agressivos. Conseguimos negociações diferenciadas com fabricantes e fornecedores, além da redução das margens de lucro na venda de diversos itens. Alguns chegaram ao preço de custo", comenta Carvalho, lembrando que os consumidores devem pesquisar e garantir os descontos. "Se pegar o período de até cinco meses, vamos ter abaixado muito. Estamos entrando para fazer um preço diferente." A Othon de Carvalho promete incluir cerca de 50 produtos na lista de promoções até a sexta-feira.

Para alavancar o fluxo de clientes e as vendas, as lojas estenderam o dia de descontos para a semana toda. Várias empresas da capital já estampam, desde ontem, a campanha 'Black Week' e afirmam ter descontos tão bons quanto os programados para a sexta-feira. No Shopping Minascasa, diversos estabelecimentos já praticam preços mais baixos em produtos de decoração para o lar ou escritório.

"Durante a 'Black Week' oferecemos produtos de qualidade com descontos exclusivos para os clientes e atraímos mais consumidores nesta semana de ofertas, aumentando o fluxo do shopping", afirma Kamila Pires, analista de Marketing do centro de compras.

Com cautela, a estudante Natália Araújo, de 21 anos, pretende comprar um televisor e mantém o hábito de pesquisar os preços nas lojas antes de definir a compra. "Costumo pesquisar um pouco antes nesta época do ano, porque já sabemos que vai ter a Black Friday. Aqueles produtos que você está procurando durante o ano costumam ter os preços um pouco mais baixos", disse.

Na expectativa

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela -BH, os eletrodomésticos e eletrônicos são os itens mais desejados dos belo-horizontinos e representam 31,2% das intenções de compra dos consumidores entrevistados. No 'pódio' dos mais procurados, as roupas aparecem na segunda posição, com 14,6%, e os calçados no terceiro lugar, com 11,8%. O levantamento apontou que metade dos consumidores (49,5%) pesquisa sempre ou quase sempre os preços.

"O consumidor está cada vez mais atento aos preços, realizando pesquisas constantes para ter certeza que o produto escolhido realmente está com um valor vantajoso", comenta o vice-presidente da /BH . Com a expectativa de grandes descontos e boas promoções, os belo-horizontinos planejam gastar, em média, R$ 555 com cada item. Este valor mais alto é explicado pelos produtos que serão adquiridos.

"Parte da população espera a data para comprar produtos de maior valor, como televisores, geladeiras, celulares, tablets, vídeo games, entre outros. Esses itens costumam ter um percentual significativo de descontos na Black Friday", comenta o vice-presidente da /BH.

O técnico em eletrônica Ramon Estevam, de 47, vê com desconfiança a programação das empresas no período de descontos. No entanto, ressalta que a pesquisa é a forma de se prevenir de erros na escolha. "Já venho pesquisando há mais tempo máquina de lavar e pneus para o carro, mas, pelo que tenho visto, tudo tem aumentado de preço, para depois descer. É uma falsa impressão de desconto. Tenho pesquisado nas lojas e na internet também. Se abaixar para um pouco menos do que estava antes já tenho intenção de adquirir. Se abaixar para igual estava não adianta", observa.

e mais...

Alta nas vendas

As vendas financiadas de veículos automotores, tanto nos mercados de novos como no de usados, totalizaram 495.458 unidades em outubro de 2018. Levando em conta o total de financiamentos para o mês, incluindo motos e pesados, novos e usados, a alta foi de 10% na comparação com outubro do ano passado. O indicador é resultado de um levantamento da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), base integrada de informações que reúne o cadastro de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil. Do total de veículos vendidos no mês passado, 120.485 veículos são autos leves zero-quilômetro. Este número revela crescimento de 13,9% na comparação com outubro de 2017. Considerando os 22 dias úteis de outubro de 2018, foram financiados 8.654 veículos novos por dia. Essa é a maior média diária registrada desde dezembro de 2015, quando o volume diário foi de 9.019 veículos novos financiados.

Superávit de US$ 1,8 bi

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,802 bilhão na terceira semana de novembro (12 a 18). De acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,002 bilhões e importações de US$ 3,199 bilhões. Neste mês, o superávit acumulado até o dia 18 é de US$ 4,562 bilhões. Já no total do ano, o superávit é de US$ 52,198 bilhões, em linha com a previsão do governo, que é de que o superávit encerre o ano pouco acima de US$ 50 bilhões. No mês, houve alta de 46,7% na média diária das exportações na comparação com novembro do último ano, passando de US$ 834,2 milhões para US$ 1,223 bilhão. Já as importações registraram alta de 16,7% na média diária em igual comparação. Elas saíram de US$ 657,1 milhões para US$ 767,1 milhões.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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